Resumo:
Para se determinar a resistência mecânica de um material é preciso relacionar a sua
geometria com a deformação decorrente de uma carga ou força a ele aplicada. Além da
abordagem teórica sobre o assunto, criar situações em que se possa visualizar o comportamento
mecânico do material em modelos representativos do problema. Essas aplicações práticas
permitem visualizar a resposta estrutural com mais compreensão, e os ensaios mecânicos
contribuem para consolidação do entendimento sobre o assunto. Dessa forma, o presente
trabalho apresenta a aplicação da norma técnica (NBR) de número 6158, em cima de um projeto
de construção de uma plataforma didática, destinada a ensaios mecânicos de materiais. A
realização do mesmo permite não só a visualização do projeto em si, mas também como
funciona todo o conceito da norma regulamentadora 6158, utilizada nos processos de usinagem
fabricação.
O trabalho foi estruturado de modo a mostrar metodologias e procedimentos
experimentais indispensáveis para análise dos desvios de: perpendicularidade, paralelismo,
concentricidade, cilindricidade e batimento radial e axial de peças produzidas por processos de
usinagem na qual a norma NBR 6409 - Tolerâncias geométricas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas-ABNT se aplicam.
As tolerâncias geométricas podem ser definidas como sendo as variações permissíveis
dos limites dentro do qual os desvios (ou erros) de forma, posição ou batimento radial e axial
devem estar compreendidos sem prejudicar o funcionamento e a intercambialidade de uma peça
ou equipamento.
NBR 4287 trata da rugosidade da peça, isto é, a superfície estar plana de acordo com o
necessário. Basicamente ela garante que o desenho tenha especificado em cada superfície seu
determinado nível de rugosidade, ou caso o desenho tenha toda sua estrutura projetada para
somente um acabamento, então seria informado juntamente com o nome da peça montada o seu
nível de rugosidade geral. Este tipo de informação garante que peças tenham seu prazo de
duração em funcionamento respeitados de acordo com o projeto e também que o conjunto de
peças se encaixe e trabalhe corretamente.
A soldagem é um processo de montagem que vem despertando grande importância, e
um avanço significativo nas últimas décadas. A AWS (American Welding Society), define
como processo de soldagem o procedimento de união de materiais usados para obter
coalescência localizada de metais e não-metais, produzida por aquecimento até uma
temperatura adequada, com ou sem a utilização de pressão e/ou material de adição. A vantagem
do processo de soldagem em relação a demais processos correntes na engenharia está na
possibilidade de se obter uma união em que os materiais apresentam continuidade não só na
aparência externa, mas também nas suas características e propriedades mecânicas e químicas,
relacionadas à sua estrutura interna. Apesar da vasta utilização da soldagem, o
dimensionamento de juntas soldadas se baseia, na prática, em simplificações impostas pela
grande variedade de arranjos geométricos e combinação de esforços, tornando impraticável (ou
impossível) a obtenção de soluções baseadas na teoria da elasticidade. Com isso, as técnicas de
dimensionamento mais comuns baseiam-se na obtenção das tensões nominais atuantes no
cordão de solda a partir de carregamentos externos conhecidos.