Resumo:
Introdução: A dismenorreia é caracterizada por um quadro álgico severo na região do
útero, acometendo de 50% a 91% das mulheres em idade reprodutiva. Esta condição
pode contribuir para o absenteísmo e o presenteísmo, gerando impactos sociais que
desestabilizam as relações familiares, reduzem o contato social e intervém nos hábitos e
rotinas mensais. Objetivo: Verificar a prevalência de dismenorreia em mulheres
trabalhadoras de uma empresa. Metodologia: Participaram deste estudo 107 mulheres,
funcionárias de uma empresa localizada no interior do estado do Rio de Janeiro, que
responderam a um questionário contendo perguntas abertas e fechadas englobando
dados sociodemográficos, obstétricos, ginecológicos, queixa de dismenorreia, sintomas
associados e a influência destes no trabalho, utilização de medicamentos para o controle
de sintomas menstruais, prática de exercício físico e a intensidade da dor. Resultados:
As participantes tinham idade entre 18 e 45 anos (31,5±7,6) sendo que 36 (34%)
apresentavam dor menstrual moderada e 61 (57%) grave. Observou-se que 40 (37%)
mulheres relataram absenteísmo no trabalho e 73 (68%) assumiram o presenteísmo
devido à dor durante o período menstrual. Apenas 32 (30%) mulheres praticavam
atividade física e 94 (88%) necessitava utilizar fármacos para amenizar os sintomas.
Conclusão: Após a análise dos dados concluiu-se que a dismenorreia primária
apresentou elevada prevalência nas trabalhadoras da empresa com alto índice de
presenteísmo e baixo de absenteísmo, o que pode ser associado à utilização de fármacos
para o controle da dor durante a jornada de trabalho.