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A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma antropozoonose causada por um
protozoário flagelado do gênero Leishmania, é uma doença grave que acomete cães,
sendo seu principal hospedeiro, mas também pode ser transmitida a outros animais e
ao homem. Os vetores implicados na transmissão das leishmanioses são insetos
denominados flebotomíneos, popularmente conhecidos como “mosquito palha” e que
consiste de várias espécies do gênero Lutzomyia. Os insetos fazem sua postura em
ambientes terrestres úmidos, ricos em matéria orgânica e em ambientes de pouca
incidência luminosa. A transmissão entre os cães e destes ao homem ocorre pela
picada do inseto. Os sinais clínicos no cão são variáveis, inespecíficos e dependente
da sua resposta imunitária, mas também podem apresentar-se assintomáticos. É uma
doença desafiadora na clínica de pequenos, pois o protozoário pode estar presente
em qualquer tecido, órgão ou fluído mimetizando qualquer doença. É uma patologia
de alta letalidade, sendo primordial seu diagnóstico correto para seu possível
tratamento. O diagnóstico da leishmaniose canina é semelhante ao da espécie
humana, que pode ser feito com base nos sinais clínicos, nos exames parasitológicos
e por provas sorológicas. No presente trabalho, um cão foi reagente aos testes
sorológicos, que foi confirmado com teste parasitológico. Seu quadro foi estadiado
através de sua apresentação clinica e com exames laboratoriais, e definido um
protocolo específico. Foram utilizadas drogas leishmaniostáticas, leishmanicida como
também drogas imunomoduladoras e definido também uma terapia de suporte. A
utilização de coleira repelente inseticida é imprescindível para reduzir o contato vetor-
cão. Após o tratamento estabelecido, foi realizado novos exames que confirmaram a
redução da carga parasitária e possível cura clínica. Além de fazer uma abordagem
sobre a LVC, o objetivo desse relato de caso é enfatizar vários aspectos, como a
etiologia, sinais clínicos, métodos disponíveis para o diagnóstico, entre outros, por se
tratar de uma doença de grande impacto sobre os animais acometidos e a saúde
pública. Deve-se haver responsabilidade e comprometimento entre o tutor do animal
e Médico Veterinário, buscando a cura clínica e parasitológica para a doença. |
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